Biografia:
Roger Chartier nasceu em 1945, em Lyon, a terceira cidade da França, filho de uma família operária. Formou-se professor e historiador simultaneamente pela Escola Normal Superior de Saint Cloud, nos arredores de Paris, e pela Universidade Sorbonne, na capital francesa. Em 1978, tornou-se mestre conferencista da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e, depois, diretor de pesquisas da instituição. Em 2006, foi nomeado professor-titular de Escrita e Cultura da Europa Moderna do Collège de France. É membro do Centro de Estudos Europeus da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e recebeu o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras do governo francês. Também leciona na Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e viaja pelo mundo proferindo palestras. Veio várias vezes ao Brasil, onde é, depois do antropólogo Claude Lévi Strauss, o intelectual francês contemporâneo que mais influencia estudantes de ciências humanas.
terça-feira, 16 de março de 2010
Roger chatier
Nome: Roger Chartier.
Diretor na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris. Roger Chartier encontra-se entre os grandes historiadores da atualidade, sendo seus escritos obra reconhecido em diferentes países do mundo. Em sua extensa obra, o tema da leitura emerge como central. Obra: Publicou no Brasil diversas obras, dentre as quais registramos os seguintes livros: História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes, em co-autoria com Philippe Ariès pela Companhia das letras, 1991; A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII, Editora UnB, 1994; A aventura do livro: do leitor ao navegador
Roger Chatier - O especialista em história da leitura
Pesquisador francês estuda os significados sociais dados aos textos pelo autor e pelo leitor
Márcio Ferrari mailto:novaescola@atleitor.com.br
Roger Chartier. Foto: André Valentim
A história da cultura e dos livros tem uma longa tradição, mas só há pouco tempo ela ampliou seu âmbito para compreender também a trajetória da leitura e da escrita como práticas sociais. Um dos responsáveis por isso é o francês Roger Chartier, 63 anos (leia a biografia no quadro abaixo). "Ele fez uma revolução ao demonstrar que é possível estudar a humanidade pela evolução do escrito", diz Mary Del Priore, sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. "Se a história cultural sempre foi baseada em fundamentos estatísticos ou sociológicos, Chartier a direcionou para as significações sociais dos textos." Para o campo do ensino da leitura e da escrita, a obra do pesquisador traz grandes contribuições, na medida em que ilumina os diferentes interesses e usos que aproximam leitores, autores, missivistas, escribas etc. de gêneros e formatos de textos também variados. A atenção a essas questões contribuiu muito para dar apoio à base teórica dos trabalhos de educadores como as argentinas Emilia Ferreiro e Delia Lerner, em particular à noção de que a leitura implica uma elaboração de significados que não estão apenas nas palavras escritas, mas precisam ser construídos pelo leitor. Não por acaso, os primeiros estudos de Chartier - em parceria com o historiador francês Dominique Julia - foram sobre a história da Educação, com enfoque principal nas comunidades de estudantes e nas instituições. Essa reflexão levou Chartier a questionar o papel da circulação e apropriação dos textos.
Diretor na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris. Roger Chartier encontra-se entre os grandes historiadores da atualidade, sendo seus escritos obra reconhecido em diferentes países do mundo. Em sua extensa obra, o tema da leitura emerge como central. Obra: Publicou no Brasil diversas obras, dentre as quais registramos os seguintes livros: História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes, em co-autoria com Philippe Ariès pela Companhia das letras, 1991; A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII, Editora UnB, 1994; A aventura do livro: do leitor ao navegador
Roger Chatier - O especialista em história da leitura
Pesquisador francês estuda os significados sociais dados aos textos pelo autor e pelo leitor
Márcio Ferrari mailto:novaescola@atleitor.com.br
Roger Chartier. Foto: André Valentim
A história da cultura e dos livros tem uma longa tradição, mas só há pouco tempo ela ampliou seu âmbito para compreender também a trajetória da leitura e da escrita como práticas sociais. Um dos responsáveis por isso é o francês Roger Chartier, 63 anos (leia a biografia no quadro abaixo). "Ele fez uma revolução ao demonstrar que é possível estudar a humanidade pela evolução do escrito", diz Mary Del Priore, sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. "Se a história cultural sempre foi baseada em fundamentos estatísticos ou sociológicos, Chartier a direcionou para as significações sociais dos textos." Para o campo do ensino da leitura e da escrita, a obra do pesquisador traz grandes contribuições, na medida em que ilumina os diferentes interesses e usos que aproximam leitores, autores, missivistas, escribas etc. de gêneros e formatos de textos também variados. A atenção a essas questões contribuiu muito para dar apoio à base teórica dos trabalhos de educadores como as argentinas Emilia Ferreiro e Delia Lerner, em particular à noção de que a leitura implica uma elaboração de significados que não estão apenas nas palavras escritas, mas precisam ser construídos pelo leitor. Não por acaso, os primeiros estudos de Chartier - em parceria com o historiador francês Dominique Julia - foram sobre a história da Educação, com enfoque principal nas comunidades de estudantes e nas instituições. Essa reflexão levou Chartier a questionar o papel da circulação e apropriação dos textos.
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